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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sarau Sentimento do Mundo - 05 de abril de 2009



Aurora Maciel




Ozias Stafuzza






Grupo Voz


Alex Dias




Francesca Cricelli







Elisa Gatti


Fotos: Maria Rita Aguiar

Sarau Adoniran Barbosa - 04 de abril de 2009


Sarau Chama Poética: Adoniran Barbosa - dia 04 de abril às 15h00 no Museu da Língua Portuguesa

Programa Sarau Adoniran Barbosa – dia 04 de abril de 2009

1 - Abertura – Fernanda de Almeida Prado e Alex Dias

2 – Música: Gabriel de Almeida Prado e Irineu de Palmira

  • Apaga o fogo Mané
  • Joga a chave
  • Prova de Carinho

3 – Fernanda de Almeida Prado e Alex Dias

4 – Música: Neno Miranda

  • As Mariposas
  • Iracema
  • Conselho de Mulher
  • Mariane (Neno Miranda)
  • Torresmo à Milanesa (com Gabriel de Almeida Prado)

5 - Fernanda de Almeida Prado e Alex Dias

6 – Música: Gabriel de Almeida Prado

  • Bom dia tristeza
  • Já fui uma brasa (com Irineu de Palmira)

7 – Música: Irineu de Palmira

  • Tiro ao Álvaro
  • Vila Esperança
  • Agüenta a mão João
  • Fica mais um pouco amor
  • Samba do Arnesto

8 – Fernanda de Almeida Prado e Alex Dias

Entrevista com o Ernesto

9 – Música: Nando Távora

  • Novo samba do Arnesto

10 – Música: Todos juntos

  • Saudosa Maloca
  • Trem das onze

Neste Sarau vamos receber como convidado especial Ernesto Paulelli o Arnesto do Samba do Arnesto que vai nos contar histórias de Adoniran Barbosa e também receber uma homenagem especial.

São Paulo, 04 de abril de 2009

“Quem sabe de mim é o meu violão”… (coração)

Na tarde de 04 de abril de 2009 o Sarau Chama Poética homenageou o cantor e compositor Adoniran Barbosa, ou o João Rubinato, nascido em 06 de agosto de 1910 e filho de imigrantes italianos. O tema do Sarau já anunciava o grande sucesso, afinal, Adoniran Barbosa é um dos raros compositores que atravessam gerações devido a importância e qualidade de sua obra.

E, primando sempre pela qualidade, o Chama Poética contou com um time de primeira para abrilhantar o evento. Apresentaram-se os músicos Irineu de Palmira, Neno Miranda, Gabriel de Almeida Prado, e ainda tivemos algumas participações especiais como Lula Barbosa e Nando Távora. As declamações ficaram por conta de Fernanda de Almeida Prado e da atriz Fernanda Conrado. E eu tive o grande privilégio de fazer o papel de Adoniran Barbosa. Mas, me desculpe a imagem saudosa de Adoniran, quem roubou a cena no dia de hoje foi um simpaticíssimo senhor chamado Ernesto Paulelli. Para quem não o conhece, ele tem 94 anos e foi “imortalizado” na canção de Adoniran feita em sua homenagem, o “Samba do Arnesto”.

Eu tive a honra de ser escalado para buscá-lo em sua casa, e o compromisso firmado era que eu chegasse lá às 13h45. Desde 12h45 eu estava tentado falar na central do taxi que viria me pegar e me levaria até a casa de Ernesto que fica na Mooca, não mais no Brás, como está na letra de Adoniran. Somente 13h15 o taxi chegou em minha casa no Paraíso. Eu estava, nessa altura do campeonato, bem apreensivo com o horário.

Com um trânsito que nem parecia o de São Paulo, fluindo, cheguei 13h41 em frente à casa de Ernesto, toquei a campanhia e fui convidado pelo seu genro a adentrar. Quando entro na sala vejo um senhor descendo as escadas. Era o Ernesto. A emoção daquele momento histórico me tocou profundamente. E de repente, o silêncio foi quebrado pela sua voz rouca, mas muito vivaz: “Quem é esse rapaz?”, ele perguntou, parando no meio da escada. E a sua filha, Valéria, respondeu: “é o ator, papai, que fará o Adoniran e veio nos buscar para irmos ao Museu”.

Ernesto puxou a manga de seu casaco para observar a hora no relógio e conferindo, disse: “13h45, muito pontual você. Eu gosto, pois eu nunca me atrasei nessa vida. Eu apostava corrida com os bondes, se fosse preciso, para chegar no horário.” Desceu os últimos lances da escada, me cumprimentou e logo perguntou se já poderíamos ir, demonstrando que ele, de fato, estava ansioso com a homenagem que lhe prestaríamos.

Ainda no taxi, durante o percurso de sua casa até o Museu da Língua Portuguesa, eu me deleitei com o aquele simpático novo amigo, generoso e muito lúcido na hora de me revelar as suas histórias de amizade com o Adoniran; e também de, sem reservas, contar-me histórias de sua própria vida. Com certeza este homem merece ser lembrado, não apenas através do “Samba do Arnesto”, mas pela sua própria história de vida. Imaginem o que é uma pessoa aos seus sessenta anos se formar no curso Direito e advogar por mais trinta anos, parando apenas por conta de um AVC. Hoje, contou-me, estuda música, matemática e gramática.

Mas como homem predestinado a brilhar que é, quando convidado a sentar-se na mesa durante o Sarau para que pudéssemos apresentá-lo melhor ao público e o deixar contar algumas de suas histórias, Ernesto Paulelli, ou Arnesto na ocasião, roubou a cena, declamando um trecho na música de Adoniran em sua homenagem e cantando, incansavelmente, praticamente todas as outras músicas do Sarau, acompanhando os demais músicos.

Era visível a satisfação nos olhos de Ernesto e a empatia, a catarse, que ele causara no público, conquistando a todos com o seu jeito simples e preciso em se expressar.

Mais do que um simples homenageado, seja por Adoniran ou pelo Chama Poética, ali mostrou-se, a quem pôde ver, um grande artista cujos vinte oito anos como músico em São Paulo deram-lhe o talento de cativar a todos.

O Sarau Chama Poética mais uma vez conseguiu superar as expectativas em torno de mais um tema desenvolvido e presenteou muitas pessoas com um momento mágico, da arte cumprindo a sua função transformadora de “tocar”, “chegar” ao outro. E para Ernesto, que conviveu com Adoniran e conhece as suas canções como ninguém, ele pôde apreciar como jovens artistas, como os músicos Neno Miranda e Gabriel de Almeida Prado, interpretam com uma roupagem nova as canções de Adoniran. O que prova que a boa música perdura e sempre se renova através dos tempos. Ernesto Paulelli recebeu do músico Nando Távora uma nova canção em sua homenagem e, enquanto o Nando a tocava apertou o meu braço e disse: “olha Adoniran, eu queria saber cantar essa letra toda, mas por enquanto eu só arrisco o refrão”.

Agora, se os fãs de Adoniran sentem falta de que eu fale dele, não é preciso muito. Não fosse ele, esse dia especial não existiria. E toda a festa que fizemos em sua homenagem tornou-se, na verdade, um presente para mim, e creio que para todos que estiveram presentes. Adoniran, o grande intelectual do povo, da língua falada e entendida pelo povo, do simples ao mais erudito. Adoniran, mais que do que um dos maiores compositores da MPB, um lapidador das preciosidades da realidade paulistana. Eu te saúdo e o deixo como um pavio acesso do lampião de minha alma, povoando o meu coração de samba. “Quem sabe de mim é o meu violão… (coração)”.

Alex Dias

Ator e Poeta

http://alexwdias.blogspot.com/








Gabriel de Almeida Prado




Ernesto Paulelli (Arnesto)





Irineu de Palmira




Ernesto Paulelli (Arnesto)




Neno Miranda e Adriana Mello








Gabriel de Almeida Prado e Neno Miranda







Fotos: Maria Rita Aguiar


Sarau Lua Adversa - 08 de março de 2009



Alex Dias e Francesa Cricelli




Mario Feres





Mario Feres e Vânia Lucas





Fotos: Maria Rita Aguiar

Sarau Poemas Eróticos - 08 de fevereiro de 2009



Rita Alves





Alex Dias e Carmen Queiroz





Cássio Junqueira



Antônio Lázaro de Almeida Prado




Antônio Lázaro de Almeida Prado e Irineu de Palmira




Cássio Junqueira e Carmen Queiroz




Carmen Queiroz





Fernanda Almeida Prado e Xande Mello







Fotos: Maria Rita Aguiar


Sarau Paulo Vanzolini - 24 de janeiro de 2009

Fotografia: Gabriel Almeida Prado
Carmem Queiroz e público
Irineu de Palmira , Carmem Queiroz e Público


Carmem Queiroz, Paulo Vanzolini e sua Esposa

Fernanda Almeida Prado, Paulo Vanzolini e sua Esposa



Paulo Vanzolini e sua Esposa











Paulo Vanzolini









Fábio Moura como Mario de Andrade









Guca Domenico










Carmen Queiroz









Rita Alves










Fernanda Almeida Prado












Fernanda Almeida Prado, Paulo Vanzolini e sua esposa










O cravo branco...










Fernanda Almeida Prado, Alex Dias e Rita Alves









Carmen Queiroz e Irineu de Palmira



Fotos: Maria Rita Aguiar